Cosmetofood – Comer para ficar mais jovem e bela
Comer para ficar mais jovem e bela: promessa da ‘cosmetofood’ FOTO: FFFFOUND!
PARIS (AFP) – Ficar mais bonito(a), manter-se jovem … isso tornou-se possível graças à "cosmetofood", ou "dermonutrição", alegam os fabricantes de alimentos que pretendem que seus iogurtes e refrigerantes tenham propriedades cosméticas, algo contestado por especialistas.
A "cosmetofood" apareceu na Europa há 15 anos, existindo na França, por exemplo, cerca de 30 produtos, bem menos que na Ásia onde se pode contar "2.500, especialmente no Japão", disse à AFP Béatrice de Reynal, presidente da agência de consultoria Nutrimarketing.
"A idéia nasceu na Ásia", sobretudo no Japão, assegurou, também, Jean-Marc Lévy, diretor do setor de marketing da agência Jumpfrance. "É algo inerente à cultura asiática", disse.
Na França, um iogurte enriquecido com vitamina E, ômega 6, antioxidantes, e que promete "uma pele mais saudável e bela", é um bom exemplo de "cosmetofood".
No Japão, há balas com colágeno que prometem "lábios mais cheios" e uma pele sem rugas, bebidas rejuvenescedoras. Diz-se de outros alimentos que são capazes de branquear a pele.
No mercado europeu aparecem chocolates antioxidantes, refrigerantes destinados a frear o envelhecimento da pele ou sopas "cútis radiante".
Nos Estados Unidos, um fabricante propõe água engarrafada sustentando que seus efeitos permitem evitar as injeções de botox.
"90% da oferta de ‘cosmetofood’ carece de fundamento científico", estimou Béatrice de Reynal, para quem há "muito de efeito placebo" em tudo isso.
Segundo estudo realizado pela associação francesa de consumidores UFC-Que Choisir, o citado iogurte enriquecido com vitaminas e ômegas "não tem efeitos significativos sobre a pele".
Olivier Andrault, da UFC-Que Choisir, explica que a "cosmetofood" não passa de um recurso publicitário: "as causas são financeiras, apesar de se adaptar perfeitamente às expectativas dos consumidores" dos países ricos, nos quais a aparência pessoal é considerada primordial.
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